Postei há pouco no meu blog aqui do Encuentro a entrevista de ontem do escritor brasileiro Ziraldo sobre o papel da escola, dos professores (por conta do lançamento do filme "Uma Professora Maluquinha") e dos alunos na realidade atual.
Em certo momento ele falava sobre o uso da internet:
"Para poder fazer uma criança leitora, o lar é muito importante. Os pais têm que encher a casa de livros. E ficarem atentos para não deixar a criança chegar à internet sem passar pelo livro. A internet é a maior dádiva do ser humano, quem sabe mais importante até do que Gutemberg. Mas estimula uma curiosidade mais superficial."
Qual sua opinião? A internet estimula uma curiosidade mais superficial ou é um excelente espaço para nos aprofundarmos?
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Las respuestas están cerradas para esta discusión.
Quanto à internet, concordo com o Ziraldo.
Ela é uma ferramenta facilitadora e se acostumar com facilidades é natural.
A leitura precisa ir além da tela, a pesquisa além do google e a escrita além dos blogs.
Livros, revistas e jornais não foram - e pra mim não poder ser - ultrapassados, mas são raros na vida dos pequenos de hoje - se comparado às outras gerações. São como viagens intelectuais no tempo, abrem a cabeça e precisam ser estimulados pelos pais e escolas.
Acho que a Internet pode ser uma aliada, o problema não está nela, e sim no mal uso.
Concordo que a pesquisa escolar deve ir além do google, mas acredito que é exatamente aí que a tecnologia sendo usada com orientação, pode colaborar para tornar-se interessante com essa geração tão conectada. Hoje li a Folha (jornal que gosto muito) no Ipad de uma amiga, e achei a navegação super amigável, de imediato pensei no beneficio para a nova geração.
Outra descoberta de hoje, foi um blog muito bacana que compartilha experiências educacionais de uso do conteúdo pedagógico nas aulas de informática. Contei aqui: http://encuentro2011.educared.org/profiles/blogs/blog-compartilha-e...
• Ofereça desde cedo um acervo de livros com textos e ilustrações – uma pequena biblioteca construída e organizada com seu filho.
• Visite livrarias, faça com que tenha contato com diferentes materiais.
• Disponibilize lápis de cera, blocos de desenho para os primeiros experimentos.
• Conte-lhe, ao menos, uma pequena história diariamente.
• Folheie livros, revistas, jornais na sua presença.
• Peça que lhe conte histórias, manuseando livros, mesmo que ele não saiba ler.
• Peça que registre as histórias contadas com desenhos, palavras, frases.
• Deixe que a observe realizando alguns de seus escritos, como suas listas de compras, por exemplo. Procure fazê-las na letra de forma.
Quanto à internet, concordo com o Ziraldo.
Ela é uma ferramenta facilitadora e se acostumar com facilidades é natural.
A leitura precisa ir além da tela, a pesquisa além do google e a escrita além dos blogs.
Livros, revistas e jornais não foram - e pra mim não poder ser - ultrapassados, mas são raros na vida dos pequenos de hoje - se comparado às outras gerações. São como viagens intelectuais no tempo, abrem a cabeça e precisam ser estimulados pelos pais e escolas.
Pois é, Aline, também vejo a tecnologia como aliada. Quantas vezes estamos jantando ou mesmo passeando em família e quando surge um assunto sobre o qual não sabemos tudo, as crianças pegam o iPod ou pedem para nós olharmos no smartphone ou tablet informações para confirmar algo que dizem? E quando queremos aprender, ouvir música, ver um vídeo, uma infinidade de aprendizado que está ali, ao alcance das mãos?
É um uso parecido com o que a gente fazia quando criança (minha mãe sempre nos incentivou a ver na enciclopédia mais informações sobre o que víamos na TV, num filme, etc), com a diferença de que hoje as informações de consulta estão ao alcance de todos e na minha infância poucos tinham livros assim em casa.
No final, ganhamos com a internet, mas ainda precisamos de pessoas que orientem e ensinem as crianças a usar da melhor forma estas ferramentas.
Aline Kelly dice:
Acho que a Internet pode ser uma aliada, o problema não está nela, e sim no mal uso.
Concordo que a pesquisa escolar deve ir além do google, mas acredito que é exatamente aí que a tecnologia sendo usada com orientação, pode colaborar para tornar-se interessante com essa geração tão conectada. Hoje li a Folha (jornal que gosto muito) no Ipad de uma amiga, e achei a navegação super amigável, de imediato pensei no beneficio para a nova geração.Outra descoberta de hoje, foi um blog muito bacana que compartilha experiências educacionais de uso do conteúdo pedagógico nas aulas de informática. Contei aqui: http://encuentro2011.educared.org/profiles/blogs/blog-compartilha-e...
Então... Sei que é meio lugar comum que os relacionamentos modernos são superficiais e virtuais. Que o conhecimento é fragmentado como os hiperlinks das páginas da Web, mas... Nem sou educador, acho que vou apanhar :)
Acho que não tem como a pessoa que navega a Internet tem como ser menos profunda que seria se não navegasse.
A questão ao meu ver é que as pessoas que há 20 anos jamais leriam mais do que uma página de livro e nunca escreveriam mais do que um bilhete avisando "querida fui compra paum" hoje lêem e escrevem incontáveis posts e comentários em comunidades online.
Não é que as pessoas estejam superficiais, é que as pessoas superficiais estão habitando um mundo mais profundo.
Lembro da minha infância. Como bom nerd tinha lido uns 500 livros até os 14 ou 15 anos.Sabia matemática, astronomia e anatomia de crustáceos melhor do que alguns professores (curiosamente não gostava de Português).
Achava todo mundo muito superficial. Estudava o que a escola mandava, lia só as orelhas dos livros e olhe lá.
Hoje, ao pesquisar sobre um livro no Google é impossível não ir além do que há na orelha ou do resumo que o amiguinho fez.
Realmente não consigo imaginar como alguém pode ser menos profundo do que seria usando a Internet...
Mesmo a jovem criança nerd de hoje. Nos meus 11 anos eu frequentava a biblioteca do bairro ou livrarias. Hoje tenho certeza que os novos nerds encontram logo o MIT Open Course ou a Nature e mergulham lá sedentos de conhecimento... Eu só tinha a Popular Science :)
Desconfio que erramos o alvo ao ver na Internet uma certa natureza superficial. Não é ai que está o problema, mas na falta de uma cultura do conhecimento.
As pessoas não se divertem aprendendo, não tem prazer em descobrir coisas novas e se aprofundar nelas. Não adianta jogá-las dentro da biblioteca Nacional! Elas irão direto para o café e ficarão lá vendo a última edição de Burda... Ainda existe Burda?
E, gente... Livro não é papel, tá? Livro é palavra escrita. Se esse papo de relação lúdica com o papel fosse importante ainda estaríamos nas luminuras medievais e nos papiros, muito mais lúdicos do que esses bolos de papel feitos em grandes prensas computadorizadas.
Quer ensinar paixão pela leitura a um jovem? Mostre a ele como ler no Kindle e compartilhar com os amiguinhos trechos legais que ele for encontrando ou, com dois ou três toques de dedo na tela, escrever um post em seu Tumblr contando como é incrível que uma história de Machado de Assis, escrita mais de 100 anos antes dele nascer tem tanto a ver com o dia-a-dia dele!
O mundo está melhor, o livro também precisa ficar. E o livro digital é melhor que o livro de papel... É compartilhável e muito mais aprofundável.
Eu acho ótimo, Sam!
Escrevi sobre isso de biblioteca em casa há alguns dias também. http://maeemconstrucao.blogspot.com/2011/09/biblioteca-pra-comparti...
Acho fundamental orientar o uso da internet, como a Aline disse. Orientação é a base da educação como um todo, tudo em excesso/falta é ruim, não é?
Até porque não vejo sentido em criar filhos tentando prendê-los ao passado, negar a internet e benefícios que nós mesmos tanto utilizamos. Acho que ela tem que ser aproveitada sim, mas é preciso deixar claro pros filhos que a leitura - e a vida - vai além de laptop, tablet e smarts.
Samantha Shiraishi dice:
Curioso este seu comentário. Ontem mesmo eu revivi um post antigão meu que falava sobre criar um ambiente leitor e habituar a criança a ler e escrever. Na época meu filho mais velho estava no primeiro ano do ensino fundamental e vejo que hoje, no primeiro ano do fundamental 2 (com 11 anos), ele realmente absorveu tudo. O irmão, dois anos e meio mais novo, também.
O post está aqui http://www.samshiraishi.com/presentear-com-livros/ e as dicas são estas:• Ofereça desde cedo um acervo de livros com textos e ilustrações – uma pequena biblioteca construída e organizada com seu filho.
• Visite livrarias, faça com que tenha contato com diferentes materiais.
• Disponibilize lápis de cera, blocos de desenho para os primeiros experimentos.
• Conte-lhe, ao menos, uma pequena história diariamente.
• Folheie livros, revistas, jornais na sua presença.
• Peça que lhe conte histórias, manuseando livros, mesmo que ele não saiba ler.
• Peça que registre as histórias contadas com desenhos, palavras, frases.
• Deixe que a observe realizando alguns de seus escritos, como suas listas de compras, por exemplo. Procure fazê-las na letra de forma.
Isis Rocha dice:
Quanto à internet, concordo com o Ziraldo.
Ela é uma ferramenta facilitadora e se acostumar com facilidades é natural.
A leitura precisa ir além da tela, a pesquisa além do google e a escrita além dos blogs.
Livros, revistas e jornais não foram - e pra mim não poder ser - ultrapassados, mas são raros na vida dos pequenos de hoje - se comparado às outras gerações. São como viagens intelectuais no tempo, abrem a cabeça e precisam ser estimulados pelos pais e escolas.
Então Roney,
Eu não acho que a minha filha precise estar aquém do que a internet é pra geração dela por querer passar pra ela minha experiência com a leitura, que está sim atrelada aos impressos.
A internet é linda e com mil oportunidades, mas não quero que a minha filha ache que ela é tudo, porque não é.
Sem orientação, sem um limite claro entre os mundos real e virtual corremos um grande risco de criar "gente fake", que não sabe viver além da rede.
Pode parecer drástico, mas se a gente não desvincula a criança da tela (seja ela qual for), ela não aprende a se relacionar com o que é real. E não dá pra ser nada no mundo virtual sem ser no "real".
Roney Belhassof dice:
Então... Sei que é meio lugar comum que os relacionamentos modernos são superficiais e virtuais. Que o conhecimento é fragmentado como os hiperlinks das páginas da Web, mas... Nem sou educador, acho que vou apanhar :)
Acho que não tem como a pessoa que navega a Internet tem como ser menos profunda que seria se não navegasse.
A questão ao meu ver é que as pessoas que há 20 anos jamais leriam mais do que uma página de livro e nunca escreveriam mais do que um bilhete avisando "querida fui compra paum" hoje lêem e escrevem incontáveis posts e comentários em comunidades online.
Não é que as pessoas estejam superficiais, é que as pessoas superficiais estão habitando um mundo mais profundo.
Lembro da minha infância. Como bom nerd tinha lido uns 500 livros até os 14 ou 15 anos.Sabia matemática, astronomia e anatomia de crustáceos melhor do que alguns professores (curiosamente não gostava de Português).
Achava todo mundo muito superficial. Estudava o que a escola mandava, lia só as orelhas dos livros e olhe lá.
Hoje, ao pesquisar sobre um livro no Google é impossível não ir além do que há na orelha ou do resumo que o amiguinho fez.
Realmente não consigo imaginar como alguém pode ser menos profundo do que seria usando a Internet...
Mesmo a jovem criança nerd de hoje. Nos meus 11 anos eu frequentava a biblioteca do bairro ou livrarias. Hoje tenho certeza que os novos nerds encontram logo o MIT Open Course ou a Nature e mergulham lá sedentos de conhecimento... Eu só tinha a Popular Science :)
Desconfio que erramos o alvo ao ver na Internet uma certa natureza superficial. Não é ai que está o problema, mas na falta de uma cultura do conhecimento.
As pessoas não se divertem aprendendo, não tem prazer em descobrir coisas novas e se aprofundar nelas. Não adianta jogá-las dentro da biblioteca Nacional! Elas irão direto para o café e ficarão lá vendo a última edição de Burda... Ainda existe Burda?
E, gente... Livro não é papel, tá? Livro é palavra escrita. Se esse papo de relação lúdica com o papel fosse importante ainda estaríamos nas luminuras medievais e nos papiros, muito mais lúdicos do que esses bolos de papel feitos em grandes prensas computadorizadas.
Quer ensinar paixão pela leitura a um jovem? Mostre a ele como ler no Kindle e compartilhar com os amiguinhos trechos legais que ele for encontrando ou, com dois ou três toques de dedo na tela, escrever um post em seu Tumblr contando como é incrível que uma história de Machado de Assis, escrita mais de 100 anos antes dele nascer tem tanto a ver com o dia-a-dia dele!
O mundo está melhor, o livro também precisa ficar. E o livro digital é melhor que o livro de papel... É compartilhável e muito mais aprofundável.
Penso como o Roney. E não precisa ser educador para perceber a multiplicidade de caminhos que a tecnologia coloca à disposição de quem quer se aprofundar no conhecimento. Não diria que o livro digital é melhor que o de papel, mas que é mais acessível e com múltiplas possibilidades de consulta. Não acredito que uma criança se aprofunde sozinha, na pesquisa , no estudo, se estiver navegando sem a orientação e intervenção de alguém responsável. Infelizmente, grande parte das crianças e adolescentes estão sozinhos na rede. Isto não é bom.
Muito oportuna a discussão!
Atualmente a escola tem trabalhado muito na formação de leitores e escritores competentes.
O livro é importante ferramenta na construção desse conhecimento.
A família também tem importante papel, pois ajuda a estimular seus filhos a gostar e apreciar os livros.
A internet realmente é fundamental nessa nova geração, o que diferencia é a questão da orientação de como e para que usa-lá.
Isis, pessoalmente não acho que virtual e real tenham a ver com a comunicação intermediada por Internet, telefone, tv, livro ou mesmo voz.
Real é conhecer os ritmos do seu corpo, do seu ambiente. É se comunicar com franqueza, ouvir tentando escutar com os ouvidos do outro e não com os seus próprios, ou para ser mais claro: não tentar entender a cultura do outro tentando submetê-la a sua própria cultura.
Lembre-se de como os americanos eram considerados demônios pelos japoneses na segunda guerra mundial e vice-versa! As duas culturas tinham visões "fake" uma das outras.
A propósito pessoas fake, ao meu ver também são mais fáceis de sustentar fora da Internet do que dentro dela onde as diversas conexões sociais são muito mais visíveis e fica mais difícil esconder quem você realmente é.
É bom lembrar também que o fake mais perigoso é o psicopata que conhecemos pessoalmente e consegue iludir nossos sentidos e intuições. Sobre isso inclusive sugiro uma olhada em Gift of Fear de Gavin Baker e Assédio Moral (não lembro o nome da autora).
Quanto a ensinar a gostar de papel... Bem, eu adoro papel e provavelmente morrerei apreciando o som das folhas passando rapidamente entre meus dedos e o cheiro dos bons livros. A maioria das pessoas que conversa comigo se contamina um pouco pelo menos por minha paixão, mas temos que perceber que o livro vai muito além do papel ou das telas dos tablets.
Eu concordo com você quanto ao "se conhecer no real" ir além da comunicação, apesar de achar que ela é pelo menos grande parte desse processo.
Quando falo de gente fake, falo da atenção que nós pais precisamos ter com nossos filhos pra que eles não se acostumem com a facilidade das relações e informações obtidas com a internet e esqueçam de viver fora dela.
E, nesse aspecto, acho sim que a internet facilita a construção de conhecimento superficial, que só se aprofunda na vida dentro e fora dela quem é muito bem orientado desde pequeno.
Será que os pais de hoje estão preparados pra orientar as crianças a ir além do "ctrl c + ctrl v " e do "Compartilhar"?
Roney Belhassof dice:
Isis, pessoalmente não acho que virtual e real tenham a ver com a comunicação intermediada por Internet, telefone, tv, livro ou mesmo voz.
Real é conhecer os ritmos do seu corpo, do seu ambiente. É se comunicar com franqueza, ouvir tentando escutar com os ouvidos do outro e não com os seus próprios, ou para ser mais claro: não tentar entender a cultura do outro tentando submetê-la a sua própria cultura.
Lembre-se de como os americanos eram considerados demônios pelos japoneses na segunda guerra mundial e vice-versa! As duas culturas tinham visões "fake" uma das outras.
A propósito pessoas fake, ao meu ver também são mais fáceis de sustentar fora da Internet do que dentro dela onde as diversas conexões sociais são muito mais visíveis e fica mais difícil esconder quem você realmente é.
É bom lembrar também que o fake mais perigoso é o psicopata que conhecemos pessoalmente e consegue iludir nossos sentidos e intuições. Sobre isso inclusive sugiro uma olhada em Gift of Fear de Gavin Baker e Assédio Moral (não lembro o nome da autora).
Quanto a ensinar a gostar de papel... Bem, eu adoro papel e provavelmente morrerei apreciando o som das folhas passando rapidamente entre meus dedos e o cheiro dos bons livros. A maioria das pessoas que conversa comigo se contamina um pouco pelo menos por minha paixão, mas temos que perceber que o livro vai muito além do papel ou das telas dos tablets.
O que eu acho é que temos errado ao identificar a raiz dos problemas... Não creio que esteja na mediação da comunicação por essa ou aquela tecnologia. Creio que a TV e o livro eram até muito mais anti-sociais que a Internet e os games, mas eles tb não eram o problema... Se a realidade fosse boa a gente não fugiria dela.
A propósito outra leitura interessante é Reality is Broken da Jane McGonigal.
Todavia concordo com você: os pais devem ajudar os filhos a tornar sua realidade melhor que as fantasias, ou melhor ainda, inspirar a ter fantasias que podem ser tornadas reais.
E não... Acho que os pais nunca estiveram prontos para ajudar as crianças ;)
Isis Rocha dice:
Eu concordo com você quanto ao "se conhecer no real" ir além da comunicação, apesar de achar que ela é pelo menos grande parte desse processo.
Quando falo de gente fake, falo da atenção que nós pais precisamos ter com nossos filhos pra que eles não se acostumem com a facilidade das relações e informações obtidas com a internet e esqueçam de viver fora dela.
E, nesse aspecto, acho sim que a internet facilita a construção de conhecimento superficial, que só se aprofunda na vida dentro e fora dela quem é muito bem orientado desde pequeno.
Será que os pais de hoje estão preparados pra orientar as crianças a ir além do "ctrl c + ctrl v " e do "Compartilhar"?
Roney Belhassof dice:Isis, pessoalmente não acho que virtual e real tenham a ver com a comunicação intermediada por Internet, telefone, tv, livro ou mesmo voz.
Real é conhecer os ritmos do seu corpo, do seu ambiente. É se comunicar com franqueza, ouvir tentando escutar com os ouvidos do outro e não com os seus próprios, ou para ser mais claro: não tentar entender a cultura do outro tentando submetê-la a sua própria cultura.
Lembre-se de como os americanos eram considerados demônios pelos japoneses na segunda guerra mundial e vice-versa! As duas culturas tinham visões "fake" uma das outras.
A propósito pessoas fake, ao meu ver também são mais fáceis de sustentar fora da Internet do que dentro dela onde as diversas conexões sociais são muito mais visíveis e fica mais difícil esconder quem você realmente é.
É bom lembrar também que o fake mais perigoso é o psicopata que conhecemos pessoalmente e consegue iludir nossos sentidos e intuições. Sobre isso inclusive sugiro uma olhada em Gift of Fear de Gavin Baker e Assédio Moral (não lembro o nome da autora).
Quanto a ensinar a gostar de papel... Bem, eu adoro papel e provavelmente morrerei apreciando o som das folhas passando rapidamente entre meus dedos e o cheiro dos bons livros. A maioria das pessoas que conversa comigo se contamina um pouco pelo menos por minha paixão, mas temos que perceber que o livro vai muito além do papel ou das telas dos tablets.
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